Álvares de Azevedo
Adeus,meus sonhos,eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade.
Misérrimo!voltei meus pobres dias
A sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
com um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta meu Deus?morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
já que não levo no meu peito morto
um punhado sequer de murchas flores!
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